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Quinta do Portal

Esta propriedade que já foi conhecida por “Quinta do Casal de Celeirós”, tem uma área de 15 hectares, com a particularidade pouco comum no Douro, de ser inteiramente delimitada por muro.

Trata-se de uma Quinta com história havendo referências do final do século XIX que a consideravam “uma Quinta Modelo”. Também é referenciada como tendo passado incólume ao terrível ataque da filoxera. Em 1877 Henry Vizetelly, autor de "Facts about Port and Madeira" (Ward, Lock, 1880) chamava a atenção para o facto desta Quinta ainda não ter sido atingida pela praga, e em 1886 o Visconde de Vilarinho de São Romão chama-lhe verdadeira Quinta Modelo e escreve: “é o único exemplo que conhecemos de uma propriedade vitícola a atravessar incólume a crise da filoxera”. É também historicamente reconhecida por ter sido a primeira Quinta no Douro a empregar mulheres na pisa das uvas!
Registos deste facto são descritos por Henry Vizetelly que escreveu: "The young women skillfully gathered their garments up around them. When all was duly adjusted they sprang into the lagar, and, delighted with their task, danced for a time among the grapes with the frenzy if not the grace of a troop of wild Bacchanals. The sight was certainly amusing, although the proceeding was, perhaps, not exactly a decorous one."

É nesta propriedade que concentramos a vinificação, armazenamento e o enoturismo.

Encontra-se a uma altitude de 500m, e tem uma exposição maioritariamente Nascente. O encepamento divide-se quase equitativamente entre castas brancas e tintas, com uma idade média de 25 anos.

Quinta dos Muros

A Quinta dos Muros situa-se na encosta nascente do Vale do Rio Pinhão. Ocupa uma área de 42 hectares, sendo 30 hectares de vinha plantada em socalcos e patamares. Tem ainda olival e árvores de fruto, bem como várias manchas de mata mediterrânica e floresta.
A altitude das vinhas varia entre 200 e 500 metros, e tem exposições a Sul, Oeste e Noroeste.

Esta propriedade está na posse da família Mansilha desde finais do século XIX. Francisco D’ Araújo Mansilha, percursor da saga teceu o seguinte comentário: “Quem souber tratar os vinhos dos “Muros” irá convencer-se, por exames e comparações que faça, que os não há melhores no nosso país.”

O entusiasmo cresceu dentro dele, e levou-o mesmo a iniciar um livro em 1905 a que deu o título: “Como se fazem os vinhos e o seu tratamento” (cujas últimas notas em letra trémula são de 1925), e que haveria de ser terminado pelo seu sobrinho-neto Manuel Mansilha em 1962. Neste livro tratou com acuidade as moléstias da vinha e do vinho e os seus tratamentos, e revelou ainda preciosos segredos para fazer bons Vinhos do Porto, que a família deveria, no entanto, guardar para si: “Este livro deve conservar-se sempre em segredo de família, porque desde que os estranhos tenham conhecimento do seu conteúdo perde a família as grandes vantagens e interesses, que da ciência prática o autor auferiu…” 

A propriedade passou depois para Manuel Mansilha (sobrinho-neto de Francisco Mansilha e avô dos actuais proprietários).

Nesta Quinta foram sempre produzidos Vinhos do Porto, que até 1974 eram vendidos a granel. Hoje é a fonte das nossas melhores uvas. Só tem castas tintas, predominando a Touriga Nacional e a Tinta Roriz, mas preserva ainda várias parcelas de vinhas tradicionais onde encontramos inúmeras castas. O melhor exemplo é a parcela M7 que deu origem ao vinho Quinta dos Muros M7 Unique Vineyard Parcel.

Quinta do Confradeiro

Esta Quinta situa-se junto à estrada panorâmica que une a vila do Pinhão a Sabrosa, já muito perto de chegar à aldeia de Celeirós.

Dada a sua localização e altitude, a maior parte do encepamento (77%) é de uvas brancas, sendo o restante de Touriga Nacional, plantada em patamares de um bardo orientados a Sul. Tem hoje a maior área estreme de Viosinho no Douro (e possivelmente de Portugal) com 7,2 hectares plantados.

A primeira vindima que aqui fizemos foi em 1991, tendo em 2006 reconvertido a àrea total de vinha.

Quinta da Abelheira

A Quinta da Abelheira situa-se na freguesia de Favaios, no planalto a sul daquela vila. Foi adquirida em 1978, tendo as suas uvas sido processadas nos lagares da Quinta dos Muros até 1994, altura em que toda a produção se concentrou finalmente na Quinta do Portal.

Tem uma área de vinha de cerca de 17 hectares onde predomina o Moscatel Galego Branco. É também nesta Quinta que temos as nossas parcelas experimentais com várias castas menos típicas desta zona.

Quinta da Manuela

As vinhas da Quinta da Manuela estendem-se pela encosta nascente do vale do rio Pinhão.

Começamos por arrendar esta Quinta em 2009, ano em que procedemos à reestruturação da totalidade da vinha, que foi entretanto adquirida em 2017.

Em 2019 fizemos uma nova plantação junto ao rio, de um "field blend" com o material genético da parcela M7 da Quinta dos Muros.

A Quinta tem uma área total de 17 hectares, sendo 11 de vinha. A área de vinha divide-se sobretudo entre Touriga Nacional com 7,5 hectares e Tinta Roriz com 3 hectares. Toda a área de vinha está classificada com a letra “A”, a melhor classificação da Região Demarcada do Douro.  A vinha é orientada a Noroeste, e a altitude varia entre os 190 e os 370 metros. Tem uma margem de rio de 900 metros.